sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Atitudes Humanas

Publico hoje, com muito orgulho, a Crônica de Pedro Bianco Aquino, de 12 anos, estudante da 7ª série. Ele é filho de meus amigos Fernando Aquino e Ana Bianco e é irmão do Vitor Bianco Aquino. Este, autor da estória que publiquei aqui, com o título de “Os Fofinhos do Zé Mané”  (http://www.freitasnet.blogspot.com.br/2012/06/causo-50-fofinhos-do-ze-mane.html ), e como ele tinha apenas 6 anos não quis expor a identidade dele aqui. Hoje corrijo essa injustiça.
            Esses dois amiguinhos meus, são de inteligência e perspicácia acima do normal para a idade deles e isto se deve, principalmente, à maneira como os pais os educam.


Atitudes Humanas
Pedro Bianco Aquino

            Desde o começo eu estava lá, antes de todos, eu já estava de pé. Vi muitas coisas, todos os tipos de pessoas. Uns anos atrás, toda semana, via uma feira daqui de cima, mais especificamente, observava uma barraquinha de coco.
            Gostava de ver as reações, caras e bocas das pessoas, como todos eram diferentes... me divertia ouvindo conversas de clientes e vendedores, mas também percebia como todos falavam pelas costas uns dos outros. Porém, não era esse o principal problema, o que mais me incomodava era a ignorância das pessoas, como tratavam mal outras que nunca tinham visto na vida, estabeleciam um estereótipo e discriminação. Um exemplo disso é muitas vezes quando alguém mais rico ia falar ou pedir algo a alguém mais pobre, é impressionante o egoísmo de achar que só porque a pessoa tem menos dinheiro que você, ela tem que te servir como se fosse seu criado.
            A cada dia, ia ficando mais triste e angustiada por conta disso, porém sempre tinha alguém bondoso e gentil, que vinha para mostrar que o mundo não está uma completa caca.
            Sempre que esse tipo de pessoa aparecia, minhas raízes se fortaleciam e eu voltava a meu ânimo para viver cada vez mais.
            Hoje em dia, ainda estou aqui, mesmo com vários seres indo embora, eu continuo aqui, uma velha árvore, esperando mais surpresas e novidades na pequena rua das pitangas.

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Nicanor de Freitas Filho